Coincidências do amor

O bom de ver filmes pouco comentados é isso: você assiste sem grandes expectativas e quando o filme acaba, percebe que viu um ótimo filme!

Outro filme da safra de bebê por acidente/surpresa ou inseminação artificial (temos Plano B, Ligeiramente grávidos, Juntos pelo acaso). Não entendo o porquê de Plano B ter tido uma boa divulgação e esse não, Coincidências do amor é mil vezes melhor que Plano B!!

Kassie (Jennifer Aniston, em todo filme dela, eu só enxergo a Rachel de Friends, não tem jeito, ou ela não é uma boa atriz e só sabe fazer um tipo de papel ou... não sei qual pode ser a outra opção) está cansada de não ter uma vida amorosa e decide que está na hora de ter um bebê. A primeira pessoa que ela conta é para seu amigo Wally (Jason Bateman) que fica surpreso com o que ela irá fazer e se propõe a doar o esperma no lugar de um estranho, mas como os dois são muito amigos, isso soa estranho e é descartado. Só que Wally é apaixonado por Kassie há muito tempo. No começo da amizade, os dois estiveram sintonizados, mas nada aconteceu e ficaram na amizade mesmo.

A irmã de Kassie, Debbie (Juliette Lewis) promove uma festa da fertilização com o doador, Declan (Patrick Wilson), de esperma para comemorar o evento. O vidrinho com o "ingrediente" está em exposição no banheiro e, por acidente, Wally o troca pelo seu "ingrediente" quando está bêbado, mas na manhã seguinte não se lembra de nada o que aconteceu.

Kassie recebe uma promoção no trabalho e se muda da cidade e volta somente 7 anos depois com Sebastian (Thomas Robinson, muuuito fofo!) já grandinho e totalmente neurótico (como o pai) e muito precoce para a idade.

Sebastian desenvolve uma boa relação com Wally que com o tempo junta algumas peças e acaba lembrando de que fez a troca. O problema agora é decidir se deve ou não contar para Kassie. Além disso, ainda há o doador oficial Declan que agora está separado da esposa e tenta se entrosar com o filho.

Além do romance de uma típica comédia romântica (bem, o filme está mais para dramédia), há a relação entre Wally e Sebastian, de pai e filho que, mesmo sem os dois saberem do parentesco, se transforma em uma bonita amizade. Sebastian não fala como criança e Wally não o trata como uma, com isso, o menino se identifica rapidamente com ele. Com o tempo que passam juntos, ficam claras as semelhanças entre os dois. Tão clara que não sei como Kassie não percebeu antes!

O filme ainda conta com a participação de Jeff Goldblum que é o chefe e melhor amigo de Wally e de Juliette Lewis como irmã de Kassie, ambos personagens parecem estar bêbados todo o tempo, só que não estão.

Paul Bateman é um charme à parte. Já tinho visto outros filmes com o ator, mas não o tinha notado. Ele está muito bem como Wally, que é instrospectivo sem ser antipático, todo neurótico e com algumas esquisitices. Gostei que mostraram esse lado dele, sem ficar explorando muito, o que seria apelativo.

Um novo filme da safra de comédias românticas com bebês. Aqui, o ponto alto é a relação que se estabelece entre pai e filho. O menino que interpreta Sebastian é um fofo!! Acho que o roteiro deslizou por Kassie não perceber nada de estranho em nenhum momento. Wally é amigo dela há tempos e ela conhece todas as estranhezas dele, quando viu algumas delas em seu filho não estranhou?? Não é possível! Está certo que algumas semelhanças são um pouco absurdas, mas ainda assim, ela deveria ter percebido.

Adorei me surpreender com este filme. Um bom elenco e uma história gostosa de se assistir.

Título original: The Switch

Ano: 2010

Direção: Josh Gordon e Will Speck

Duração: 101 min.

Elenco: Jennifer Aniston, Jason Bateman, Jeff Godlblum, Juliette Lewis, Patrick Wilson, Thomas Robinson

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