quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ficar ou não?


Ontem me veio uma idéia a cabeça: colocar livros que não vou reler para vender na Estante Virtual.
Assim, arrumaria espaço físico para colocar novos livros e conseguiria um dinheiro extra, que seria aproveitado para a aquisição de novos livros. Parecia uma ótima idéia. Relacionei alguns livros lidos (como O livreiro de Cabul e O diabo veste Prada) para serem os pioneiros na venda. Mas um sentimento conhecido me apossou: a posse (o trocadilho O segredo das coisas perdidas, O Sr. Mitchell (se não me engano), um dos livreiros do sebo Arcade, diz que a relação mais íntima que um colecionador pode ter com seu livro é a posse. Será que isso explica essa falta de disposição em se desfazer de um livro?

domingo, 11 de janeiro de 2009

As vinhas da ira, John Steinbeck


Cheguei a desistir da leitura de As vinhas da ira, de John Steinbeck 2 vezes, pois estava ficando muito deprimida com o livro, mas sabia que se não lesse agora, levaria anos até pegá-lo novamente.

O livro é cansativo, Steinbeck é muito descritivo. Porém consegue transportar você para dentro da história. Estou gostando da leitura, mas é preciso parar muitas vezes para tomar fôlego, não por seu um livro grande - fisicamente - mas pelo teor da leitura.

Você pode trazer todas as reflexões de Steinbeck para os dias atuais, correlacionar cada coisa que ele cita com um fato que conhecemos: ele descreve a irracionalidade da ganancia de forma direta e clara, toda a forçada transição da vida dos agricultores rurais para uma vida de trabalhadores subordinados e todas as perdas que isso causou, todo os sofrimentos, todas as mudanças de paradigmas na sociedade...

Muitos citam 1984 como uma leitura obrigatória para todos, por desmascarar conceitos que nunca são esclarecidos abertamente em nossa sociedade. Apesar de ainda não ter acabado a leitura, digo o mesmo de As vinhas da ira: todos precisam lê-lo.