segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Cálculo mortal

Esses dias eu revi o filme Cálculo mortal (Murder by numbers, 2002). E o motivo foi o Michael Pitt. Não sou super fã dele, mas estava vendo Dawson's Creek (estou vendo/revendo todas as temporadas) e ele participa da terceira temporada intepretando o namorado ultrasuperhiper romântico da Jen, o Henry. Enfim, já queria rever esse filme e essa lembrança me fez rever de uma vez.


Michael Pitt como Justin

O filme traz dois adolescentes que tramam o crime perfeito: escolhem uma pessoa aleatoriamente e a matam tomando todos os cuidados para não deixarem nada que o incriminem. Eles tem a certeza que não serão pegos porque Justin (Michael Pitt) é um gênio solitário que conhece todas as técnicas forenses de investigação. Assim, com o conhecimento teórico sobre como se realizar um crime perfeito, Justin e Richard (Ryan Gosling) decidem, finalmente, levar a teoria à ação.

Adolescentes arrogantes e cheios de tédio


Mas não satisfeitos em realizar o crime, eles deixam algumas pistas que levam até eles mas que não fazem sentido no cenário geral do crime, apenas para confirmarem sua superioridade. É aí que entra Cassie (Sandra Bullock) que apesar da falta de ligação das pistas, segue sua intuição e, mesmo contra seu chefe, investiga a ligação dos garotos com o crime.

A premissa do filme me lembrou Festim diabólico (Rope, 1948) do Hitchcock. Nesse, a questão do crime fica muito mais no plano intelectual - mas o crime é cometido - e nas discussões calóricas sobre o crime em si. O ponto é que, tanto em Festim diabólico quanto em Cálculo mortal, os crimosos se sentem superiores e capazes de cometer o crime sem que ninguém descubra. O modo como os filmes são conduzidos é totalmente diferente e longe de mim querer comparar a direção de Hitchcock!

A história do filme é boa e o filme também é legal. Mas achei que foram abordadas questões demais no filme, o que acabou dando um tom superficial a todos os assuntos. Por exemplo, logo no começo, Justin lê uma redação sobre a natureza do crime em uma de suas aulas e apenas isso que nos é dado como justificativa para o assassinato cometido. Alguns diálogos a mais sobre isso faria a história ficar mais consistente.

Outro ponto é que não temos uma explicação sobre a natureza do relacionamento entre Justin e Richard. Tudo fica no ar e nada é confirmado, e cabe ao expectador ler nas entrelinhas e descubrir, mas acho que isso era algo desnecessário.




Achei também que houve muito drama com a história sobre o passado de Cassie: para um bom policial, ter um passado traumático não será determinante para ter um bom instinto ou não sobre seus casos.

Mas, e esse mas é considerável, a história em si é bem legal e o filme compensa essas faltas com o jeito bem amarrado que o crime foi construído e nos passos seguidos por Cassie para reconstituir o crime. Só achei que o filme quis falar de coisas demais e deixou o assunto principal, o crime, como secundário.



Outra coisa boa foi rever Ryan Gosling (o eterno Noah de Diário de uma paixão) ainda no começo da carreira. Michael Pitt parece ter um rosto propício para personagens desajustados, solitários e afins.

Segue trailer do filme:

2 comentários:

  1. Ei Dri!

    Bateu uma vontade de ver Dawson's Creek agora...

    Nunca tinha ouvido falar deste filme não, mesmo tenho da Sandra Bullock no elenco.

    Fiquei curiosa.
    Valeu a dica!!!

    Bjins

    ps.: Já preparando a lista de filmes para ver nas férias =)

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  2. Dri!!! OMG, o Ryan Gosling... é TUDO!! Eu o conheci através desse filme... adoro caras malvados! hehe

    Gostei da sua visão sobre o filme!

    XOXO, da Lisse

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