O livro Assassinato na biblioteca foi escolhido para leitura no mês de dezembro para o Desafio de férias do Garota It. Foi escolhido por ser literatura juvenil, então, na certa, uma leitura leve. Nisso eu acertei. Mas me deparei com um elemento repetido do livro que li exatamente antes dele (Menina de vinte): um fantasma. Como já disse, não sou muito fã de histórias com fantasmas, vampiros e afins, mas leio e, dependendo da história, posso até gostar. Mas não foi isso o que aconteceu aqui, eu não gostei, adorei!! O livro é um Harlan Coben juvenil! rs
A história começa no ano de 1970, em plena ditadura militar, nos terríveis dias em que foi decretado o AI-5, onde o Poder executivo tinha todo o poder na mão e nenhum limite. Acompanhamos Lara e seu trajeto para a biblioteca da escola para entregar um dinheiro para o irmão Luke. Ela não sabe o que está acontecendo com Luke, mas sabe que ele está envolvido com movimentos estudantis em São Paulo - onde estuda Filosofia - o que é proibido pelo governo.
O livro dá um pulo de 37 anos e encontramos Igor, um menino problemático e solitário que perdeu o pai e precisa se encaixar em sua nova vida e com seu padrasto. No pacote do padrasto, estão seus pais que não aprovam o casamento do filho e o consideram apenas mais uma despesa para a família. O porquê desse sentimento é um mistério que Igor poderá ou não desvendar enquanto estiver investigando o assassinato da bibliotecária de sua escola, Conceição.
Para matar aula, Igor ficou lendo entre as estantes da biblioteca. Quando resolveu sair da biblioteca, encontrou a bibliotecária com a garganta cortada no balcão de atendimento. O crime havia acontecido enquanto ele estava lá dentro! Em vez de gritar e correr como qualquer outro adolescente, Igor começa a examinar a cena do crime: percebe que a bolsa da bibliotecária ainda está em seu lugar, descartanto a possibilidade de assalto; o computador está com todos os programas fechados, por que o assassino se daria ao trabalho de fechar os programas do computador? Para apagar provas contra ele. O assassino deveria ter ido devolver algum livro e seu nome ficara gravado no programa da biblioteca. Mas antes de poder acessar o programa, Igor é interrompido por um grito...
Não irei contar mais, pois o livro é recheado de mistérios e revelações demais podem estragar a leitura. Não vou contar nem quem é o fantasma, apesar dele ser revelado logo no começo do livro, é mais gostoso descobrir durante a leitura.
O livro é juvenil, por isso, sua linguagem é totalmente ágil e fácil. É um pouco didática também, explicando fatos históricos e o porquê de todas ações da história para o leitor não ficar perdido.
A história une história do Brasil com muita ação. Achei muito legal essa combinação. Por o livro ser juvenil, é claro o seu intento de promover a vontade de ler entre os jovens com sua linguagem ágil e o desejo de informar sobre o passado do país. Nesse quesito, o livro é nota 10! Não tenho dúvidas que ele pode despertar o prazer de ler em um jovem e trazê-lo para o mundo da leitura. Por isso, se você conhece alguém que não está familirizado com livros e leitura, apresente esse livro, mesmo que não seja uma pessoa jovem, pessoas de qualquer idade ficarão fisgados com a história de mistério do livro.
Só tem um ponto que não me agradou muito, e esse ponto é mais particular do que culpa da história: não gosto quando o livro tem muitos personagens envolvidos na mesma trama. E aqui, acredite, são muitos! Mas não é culpa do livro é uma deficiência e preferência minha...rs
A história do livro é toda enterrada no passado, por isso, é preciso ficar bem atento para não perder nenhum detalhe e correr o risco de não entender o motivo de uma ação de um personagem no presente.
Um livro recomendado para todas as idades. Leitura ágil e dinâmica, boa história, juntando mistérios, assassinatos, história do Brasil e um pouquinho de romance.
Helena Gomes é jornalista, professora universitária e autora de vários livros, como Sangue de Lobo (DCL, 2010), Assassinato na Biblioteca (Rocco, 2008), Lobo Alpha (Rocco, 2006), Kimaera - Dois Mundos (Jambô, 2009), a adaptação Tristão e Isolda (Berlendis e Vertecchia, 2010), o infantil Nanquim - Memórias de um cachorro da Pet Terapia (Paulinas, 2008) e a saga A Caverna de Cristais (Idea). Publico também contos em revistas especializadas e antologias, como Ficção de Polpa 3 (Não Editora, 2009), O Livro Negro dos Vampiros (Andross, 2007), Dias Contados (Andross, 2009), Marcas na Parede (Andross, 2009) e Meu Amor é um Vampiro (Draco, 2010).
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Olá!
ResponderExcluirAchei incrível que este livro tenha referências à ditadura militar e o pavoroso AI-5. Também gosto de histórias com fantasmas, e investigações em bibliotecas são o máximo! *-*'
Ei Dri!
ResponderExcluirOs fantasmas estão te perseguindo, hein?!
Olha que daqui a pouco vc tá uma leitora de fantasia maníaca...kkk
Fiquei curiosa (adoro quando termino de ler uma resenha com gostinho de quero mais)!
Sério que vc não gosta de livros com muitos personagens? No início eu fico perdida, mas eu gosto.
Bjins
ps.: Preciso ler algum do Harlan Coben
fiquei com vontade de ler este livro...Me fez lembrar de uma série antiga,chamada vaga lume...
ResponderExcluirAh!Tem nova promoção lá no blog, agora você escolhe o livro que quer ganhar( o limite é R$50,00) Se puder, dê uma passadinha por lá...