O livro A filha da minha melhor amiga, de Dorothy Koomson, conta a história de Kamryn Matika, uma mulher que após sofrer uma grande decepção no passado, reencontra sua melhor amiga em estado terminal de câncer, Adele, que a pede que seja a tutora legal de sua filha ,Tegan quando morrer, pois não quer que a menina fique com o avô que já maltratara Adele quando pequena.
Mesmo hesitante, Ryn, como a menina a chama, aceita, sem saber ao certo o que fazer, além das novidades e tormentos da nova experiência de criar uma criança, Ryn tem que lidar com os traumas de seu passado e os problemas em seu trabalho.
O livro é sensível e verossímil, parecendo muito com a nossa vida. Ryn é uma mulher com a auto-estima muito baixa causada por bullying na época da escola, por conta disso, ela se protege através de uma aparência de determinação e indiferença, porém não é tão durona quanto tenta mostrar. Além de ter que enfrentar a morte da melhor amiga, criar uma criança, ela terá que encarar seus medos quando ficar dividida entre um amor do passado e outro do presente.
A história é bem conhecida de leitoras: quem não conhece a história da mulher que tem a vida toda acertada e de repente uma criança cai em sua vida e ela tem que aprender a lidar com todas as situações que não havia escolhido para si? Sim, A filha da minha melhor amiga trata disso. Mas tem um pouco mais. Primeiro a protagonista é negra. Mas em nenhum momento do livro isso é usado como panfletagem para alguma denúncia ou revolta. Adorei ler um livro com uma protagonista negra e isso não ser um elemento essencial da história, um fio condutor. Ela era apenas uma mulher. Nada mais. Branca, negra, amarela, azul, verde que seja... a história acontece para todas. Isso foi um ponto muito positivo para a autora.
Ryn também não é uma protagonista com o charme comum a personagens femininas: ela não é estabanada, nem distraída, nem coisas do tipo. Ela é centrada, não quer filhos, não acredita no amor, não tem ilusões, apesar de ter vindo de uma família completamente normal. Adele, sua melhor amiga, já é seu avesso: espontânea, romântica, bonita e loira e ela, sim, teve problemas na família.
Na história, os personagens não são perfeitos, todos erram, e tem que conviver com seus erros. Eles são fatos. E nem sempre eles tomam a atitude certa, precisam errar e ponderar sobre sua decisão. Esse é o ponto mais positivo do livro.
Dorothy Koomson é inglesa, psicóloga e jornalista. A filha da minha melhor amiga é seu terceiro livro.
Outros livros da autora:
- O amor está no ar
- Pedaços de ternura
- Bons sonhos meu amor
- O amor está no ar
- The ice cream girls (novo)
Quando comecei a ler sua resenha, lembrei do filme "Presente de grego"... Lembra do filme?! rsrs.
ResponderExcluirGostei da resenha, fiquei com vontade de ler o livro!
Bjo.
Esse livro faz parte do meu desafio literário, não me lembro o mês, acho que outubro! Mas enfim, adorei sua resenha e me deu mais vontade ainda de lê-lo!
ResponderExcluirA história parece ser lindaaaa!
Bjokas flor e parabéns pela resenha
Deixei um selinho para vc no meu blog! Bjinhos.
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