Amor e outras drogas

Eu amo comédias românticas! Amo mesmo! E sei de todos os seus defeitos: personagens sem profundidade, roteiro previsível e, às vezes, más atuações. De vez em quando, algums filmes aparecem e dão uma revigorada (500 dias com ela) ou trazem algum tema batido de um jeito diferente (Como perder um homem em 10 dias). E às vezes, a graça não está na história e nem no roteiro e, sim, nos atores. Muitas vezes um bom filme conquista só pela química dos protagonistas. É aqui que entra Amor e outras drogas (Love and other drugs).

O roteiro é um pouco confuso porque criar várias histórias que ocupam muito tempo do filme desnecessáriamente. Então, segue a sinopse: Jamie Randall (Jake Gyllenhaal) é um vendedor de talento que depois de ser despedido da loja de eletrônicos onde trabalhava por dormir com a namorada do chefe, entra para o ramo dos vendedores farmacêuticos e com seu charme e lábia, comece a crescer dentro desse sistema e continua dormindo com muitas mulheres. Até que no consultório de um dos médicos, conhece Maggie Murdock (Anne Hathaway), uma jovem com Mal de Parkinson. Sim, estranho uma pessoa tão jovem com essa doença. Mas na primeira cena de Maggie é explicado tudo. Depois de um desentendimento, Maggie e Jamie começam a sair juntos e se dão muito bem, pois os dois querem a mesma coisa: sexo sem compromisso. Tudo vai bem até um gostar do outro e o futuro da doença de Maggie entrar em questão.

Ótima história! Nessa linha, temos filmes adoráveis como Um amor para recordar e Doce novembro. Então, nada de novo. A diferença do roteiro é que tem o plus do contexto do sistema farmacêutico onde Jamie está. O personagem tinha que ter um trabalho, mas o excesso de informação fez a história seguir em várias direções e se perder em todas. O personagem de Anne só aparece com uns 20 minutos de filme!! A crítica a esse sistema foi um aspecto original no filme, mas deixou o lugar coadjuvante para ocupar tempo demais na história.

Eu acho engraçado as profissões escolhidas em comédias românticas pois elas também seguem um esteriótipo. Por exemplo, Maggie é uma pessoa sem amarras e sem esteriótipos, então o que ela poderia ser? Ué... uma artista! Também é garçonete, mas deve ser para ganhar dinheiro porque no filme não é explicado o que ela faz como artista. Está certo, ela tira fotos, mas não acho que tirar fotos com uma polaroid faz de alguém uma fotógrafa. Ou, quando a pessoa está na fase antes de ser uma profissional e precisa-se escolher a faculdade, se não é algo ligado com a história do filme, adivinhem o que a personagem faz? Inglês ou Artes... Enfim, só um aspecto peculiar do gênero.

O filme apresenta um relacionamento maduro, com duas pessoas que sabem exatamente o que querem e são honestos um com o outro. Quando precisam discutir seus sentimentos, fazem sem grandes arroubos dramáticos.

O maior destaque do filme, sem dúvida alguma, é a dupla Anne e Jake que estão ótimos juntos. Afinal, um casal numa comédia romãntica que só está junto por sexo casual precisa de muito carisma para ganhar a simpatia do público e Anne e Jake cumpriram seu papel muito bem. Principalmente Jake por não deixar seu personagem ser apenas mais um mulherengo que se apaixona.

O sucesso do filme se deve exclusivamente a atuação da dupla. Eu sou fã de Anne Hathaway e desde que a vi se apresentando num número musical no Oscar com Hugh Jackman torço para ela fazer um musical. Ela estará em Glee, o que já é um começo. Como já disse, Jake também está ótimo e mehor ainda em algumas cenas, principalmente na cena do ônibus e na final.

Título original: Love and other drugs

Ano: 2010

Duração: 112 min.

Direção: Edward Zwick

Elenco: Jake Gyllenhaal, Anne Hathaway e Oliver Platt.

Site oficial: aqui

Filmow

Trailer