sábado, 31 de julho de 2010

Balanço de leitura do mês de junho e julho

Em junho não postei o balanço de leitura, então, agora, irei postar junho com julho. Seguem leituras:

JUNHO

1 - O aliciador, Donato Carrisi (Resenha aqui)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ela foi até o fim

 O livro Ela foi até o fim (meu primeiro livro de Meg Cabot) é divertido e com muita ação (com ação quero dizer explosões e tiros mesmo). Se você acabou de ler um livro com uma história pesada e depressiva, esse é o livro que você deve ler. Se você está triste com a vida, cheio de paranóias, esse é o livro que você deve ler. O livro é refrescante, um divertimento e dos bons. 
Lou Calabrese é "ela" do título original She went all the way,  uma roteirista de Hollywood muito bem sucedida. Lou é durona, resultado da criação por seu pai policial e a companhia dos 4 irmões mais velhos. Precisa dessa pose para se impor num mundo de frivolidade e dominado por homens. Ela é leal a sua amiga Vicky que foi dispensada por Jack Townsend, assim, Lou odeia Jack, o ator mais badalado do momento. Outro ator não tão badalado quanto Jack é Bruno di Blase (nome artístico), ou Barry, ex namorado de Lou que a trocou por Greta, que namorava Jack.  
Parece confuso, mas a confusão começa mesmo quando Lou precisa viajar com Jack em um helicóptero até o set de fimagens do filme Copkiller IV (roteirizado por Lou e estrelado por Jack) e o helicóptero cai nas montanhas do Alasca depois do piloto tentar matar Jack. Depois de sobreviver ao acidente, Lou é forçada a fugir com Jack das pessoas que o querem matar, isso a força a ficar mais próxima da pessoa que ela tanto odeia. Além disso, Lou e Jack precisam descobrir quem quer matá-lo e porquê. 
Este é um livro cinematrográfico, com muitos diálogos, ação e imagens. Os dois personagens principais são muito carismáticos e você rapidamente se sente ligado a eles. A narração é em terceira pessoa, mas os capítulos se alternam no ponto de vista dos personagens. O livro traz algumas situações e personagens caricatos de Hollywood, isso poderia ser chato se os personagens não fossem tão bons. 
Acho que comecei com o pé direito com Meg Cabot e sempre que quiser uma folga e me sentir mais leve, lerei um livro seu.
Meg Cabot já morou em Indiana, na Califórnia e na França. Trabalhou como ilustradora e é autora da série O diário da princesa e de livros como Todo garoto tem e Tamanho 42 não é gorda, publicados pela Galera Record. Atualmente divide seu tempo centre Key West, no Flórida e Nova York, com o marido e uma gata de um olho só chamada Henrietta. (Orelha do livro)
Site oficial e twitter da escritora e skoob do livro.

Sempre que puder, colocarei um filme que lembrei durante a leitura do livro. A semelhança entre livro e filme poderá não ser óbvia, pode ser uma passagem ou situação do livro que me fez lembrar do filme. Nessas situações, colocarei a sinopse do filme abaixo da resenha.


Com esse livro, me lembrei do filme Caçador de recompensas (2010).




Sinopse: Milo Boyd (Gerard Butler) é um ex-policial que se tornou caçador de recompensas. Sua missão era prender a repórter Nicole Hurly (Jennifer Aniston) e tinha tudo para ser uma tarefa das mais fáceis. Afinal, ela é sua ex-esposa. Mas o problema é que tinha mais gente interessada nela por conta de uma reportagem sobre um possível assassinato e, como resultado, os dois entraram na mira de criminosos. Assim, se antes não conseguiram ficar unidos no casamento, agora precisam juntar forças para sobreviver a esta grande confusão. (RC)

Seria ótimo se Ela foi até o fim fosse adaptado para o cinema. Gerard Butler seria o Jack Townsend mais do que perfeito!!!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Amores incertos

 O livro Amores incertos, de Roberta Polito, é um livro maduro, um vislumbre de delicadeza. O livro traz Marina como protagonista, intercalando sua narração com a de uma namorada antiga de seu marido. Marina é uma psicóloga especializada em arteterapia, é casada com Eduardo com quem tem uma boa relação, porém com algumas questões abertas do passado. Ela vai à Itália fazer um curso de artes, onde seu professor Luca, acaba se mostrando interessado por ela.
Ao misturar a história de Marina com a da antiga namorada de seu marido, surge um emaranhado de situações que parecem estranhas no primeiro momento, mas aos poucos vamos entendendo os acontecimentos e, quando a história chega ao seu desenrolar, percebemos o caminho que foi traçado para que os personagens chegassem aos seus sentimentos e tomassem suas decisões finais. 

sábado, 24 de julho de 2010

Na escuridão da noite

Primeira frase ao terminar o livro Na escuridão da noite: que pena que acabou! Comecei a lê-lo assim que terminei Muito além de uma princesa e tinha a sensação que Na escuridão... não seria melhor que este, mas me enganei, além do romance ser mais real, os personagens são mais profundos. Não que isto tire algum mérito de Muito além de uma princesa, só que a comparação acabou sendo feita pela proximidade da leitura. E um livro não substitui o outro, pois a intenção da história parece ser diferente, enquanto Muito além de uma princesa diverte com a história de sedução entre o casal protagonista, Na escuridão... emociona com problemas mais reais, quer dizer, não que precisar roubar a jóia da amada seja muito verossímil, mas os sentimentos de Moira e Wynthrope são.
 

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Muito mais que uma princesa

 O livro Muito mais que uma princesa, da americana Laura Lee Guhrke conta a história de Lucia, filha ilegítima de um príncipe com uma cortesã. Lucia é impetuosa e voluntariosa. Sempre foi renegada por seu pai, mas depois de ter várias atitudes consideradas anticonvencionais e morando em colégios internos e conventos, é enviada para a casa do pai. Lá, ao sair com sua irmã mais nova para brincar carnaval, Lucia esgota a paciência do princípe que decide arrumar um marido para a filha e se livrar do peso de ser responsável por ela, pois os escandalos de Lucia seriam problemas de seu marido. Para tal missão, o príncipe chama seu diplomata preferido, o inglês Ian Moore, um homem correto que tem na profissão a razão de sua vida.  

domingo, 11 de julho de 2010

A filha do escritor

Pois é, gente,  eu disse que ia ficar um tempinho fora e estou aqui. O que aconteceu foi que algumas pessoas pediram para eu reavaliar essa situação e que fiquei muito feliz por o número de seguidores do blog ter aumentado. Fiquei uns dias sem vir aqui e chegaram mais 5 seguidores. Bem-vindos!!! Fico muito contente quando leio os comentários de vocês!

E para agravar a situação, acabei de ler um livro que eu ADOREI, então, não resisti e cá estou eu!!

O livro em questão é do carioca Gustavo Bernardo, o escritor do título é o Machado de Assis. e a história se passa nos dias atuais. Então, como é sobre a filha do escritor Machado de Assis se se se passa atualmente? Ai reside o primeiro ponto interessante do livro: a mulher, Livia, que afirma ser filha de Machado de Assis foi para um hospital de doentes mentais dizendo que lá era o estabelecimento onde seu pai havia marcado em encontro com ela. E não vai sozinha, leva consigo seu filho Luis, o grande problema de Luis é que ele não existe. Quando sua mãe faz carinho em sua cabeça, ela toca o ar, pelo menos para quem ve de fora.

Lá, coincidentemente, na Casa Verde (mesmo nome do manicômio de O alienista), Livia é atendida pelo psiquiatra Joaquim, coincidentemente chará de seu pai (Joaquim Maria Machado de Assis). Logo, Joaquim percebe que seus sentimentos por Livia não são iguais pelos que ele tem pelos outros pacientes. Com essa sensação, ele tenta ajudar Livia sem se envolver.

Outro ponto interessante no livro é a narração. O protagonista narrador (Joaquim) trava um diálogo com um personagem e, durante todo o livro, temos a sensação de estarmos conversando com Joaquim enquanto ele nos conta sua história. Um mistério que faz você ficar se perguntando durante todo o livro: quem é esse personagem com quem Joaquim conversa?

Outro ponto interessante (são tantos) é o ótimo final. Original e surpreendente ! Quando estava chegando perto do final, tive que ler novamente alguns parágrafos para me convencer de que era aquilo mesmo (Isso já havia acontecido quando li Reparação, que tem um final chocante. Quem não leu, leia. E depois assista ao filme).

E um ótimo livro, recomendo para todos. E ele é pequeno, tem 150 páginas, você pode ler sem medo.





Sobre o autor: Gustavo Bernardo Galvão Krause (Rio de Janeiro RJ 1955). Ensaísta, romancista, escritor de literatura infantil e juvenil e educador. Ingressa no curso de letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC/RJ em 1974. Conclui a graduação em 1977, e começa a dar aulas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Uerj no ano seguinte. É nessa instituição que o escritor faz mestrado, entre 1991 e 1992, e doutorado, de 1993 a 1995, na área de letras. Durante a graduação, escreve seu único livro de poesia, Pálpebra. Abandona o gênero logo em seguida, por acreditar que suas composições não são tão originais quanto gostaria. No entanto, Bernardo insere elementos da poesia em sua prosa. Publica seu primeiro livro de ensaio, Redação Inquieta, em 1985; e seu primeiro romance, Me Nina, em 1989. O escritor começa a colaborar com o Jornal do Brasil, em 1994, e, cinco anos depois, com o jornal O Globo. Em 2003, edita o site Dubito Ergo Sum, em que discute literatura e filosofia, além de disponibilizar material para seus alunos. Seu livro Lúcia foi indicado ao prêmio Jabuti, 2000. Atualmente, possui mais de 20 livros publicados. 


No comunidade Coleção de frases; trechos inesquecíveis, do Skoob, eu postei uma ótima digressão do livro sobre um possível efeito colateral do vício da leitura, a loucura. Ah o livro ainda tem ótimas citações...