Na escuridão da noite

Primeira frase ao terminar o livro Na escuridão da noite: que pena que acabou! Comecei a lê-lo assim que terminei Muito além de uma princesa e tinha a sensação que Na escuridão... não seria melhor que este, mas me enganei, além do romance ser mais real, os personagens são mais profundos. Não que isto tire algum mérito de Muito além de uma princesa, só que a comparação acabou sendo feita pela proximidade da leitura. E um livro não substitui o outro, pois a intenção da história parece ser diferente, enquanto Muito além de uma princesa diverte com a história de sedução entre o casal protagonista, Na escuridão... emociona com problemas mais reais, quer dizer, não que precisar roubar a jóia da amada seja muito verossímil, mas os sentimentos de Moira e Wynthrope são.
 

Moira e Wynthrope já se conheciam (ela era amiga de sua cunhada) e nada entre eles acontecia, até que um dia uma troca de olhares mais profunda provocou uma mudança de sentimento: ambos se sentiram desnudos no olhar do outro e o reconhecimento do que realmente eram pelo outro gerou o desejo de proximidade.
 

Porém, ambos escondiam um segredo do passado, segredo que poderia acabar que a reputação de ambos e de seus parentes. Quando Wynthrope começa a ser chantageado para roubar a tiara que Moira havia recebido de presente de seu falecido marido, Wynthrope vê seu passado sombrio voltar para atormentá-lo e impedir que se transforme em uma pessoa melhor por conta do bem que o relacionamento com Moira o faz.
 

Em contrapartida, Moira se consome por dentro para tentar decidir se deve ou não confiar a Wynthrope seu segredo. Nisso tudo, os dois ficam em conflito entre o medo de confiar um no outro e o sentimento que sentem.
 

Nos perdemos em meio aos sentimentos conflitantes de Moira e Wynthrope que estão entre o desejo de se entregar e o risco de se magoar com essa entrega. Wynthrope nos faz suspirar com todo seu medo de amar e seu rejeitado, a vontade que temos é de abraçá-lo e consolá-lo. Ele possui um segredo que quer esquecer e se tornar uma nova pessoa, mas quando conhece alguém que pode tornar isso possível, se vê em uma situação onde precisa guardar seu segredo mas cuidadosamente para que ninguém se fira, principalmente, sua amada. Então, ele sofre com a resignação que precisa ter nessa situação, se consumindo por dentro entre a dúvida entre se magoar e não viver esse amor ou confiar em sua amada e correr todos os riscos.
 

Eu fiquei apaixonada por esse livro e ele provocou uma das maiores DPL que tive esse ano (se você é uma leitora compulsiva sabe o que significa DPL, se não: depressão pós livro...rs). Quem gosta de livros históricos românticos, vai adorar esse! 

Ah o livro só tem um ponto negativo, mas não é sobre a história: há muitos erros de concordância e algumas trocas de nomes!! Essas trocas ocorrem mais no começo do livro, umas 2 ou 3 vezes, confesso que nunca tinha visto isso em algum livro.

A autora Kathryn Smith escreveu seu primeiro livro aos 12 anos. Depois de um breve período como jornalista, voltou à universidade para estudar literatura e começou a trabalhar em seu primeiro romance histórico, lançado em 2001. Desde então, publicou mais de 13 livros, entre eles uma série de vampiros, que foram traduzidos em diferentes línguas. Kathryn vive em Connecticut, nos Estados Unidos, com seu marido Steve.

Site oficial da escritora e skoob do livro.