Os livros são perigosos: mudam o destino das pessoas. Um professor de literatura hispânica da Univesidade de Cambrigde descobre isso quando sua colega, Bluma Lennon, é atropelada por um carro numa esquina de Soho enquanto lê um poema de Emily Dickinson. Dias mais tarde, o protagonista e narrador desta curiosa história recebe vindo do Uruguai um exemplar de A linha da sombra de Joseph Conrad, endereçado à finada Bluma, salpicado de cimento.
A indagação sobre sua procedência se transforma numa viagem ao mundo da leitura, dos seus aspectos mais sofisticados até os mais rudimentares. Desse modo, arrastados a lugares remotos, encontramos com a sombra da loucura quixotesca; finalmente o leitor comprovará que as pessoas também mudam o destino dos livros. Em suas quatro viagens do hemisfério norte ao sul, o curioso exemplar revela uma verdade oculta, aterradora e essencial que nos mostra o amor desmedido pelas bibliotecas e pela literatura.
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Sem sombra de dúvidas um livro que merece várias releituras: escondidas nas frases simples, estão reflexões profundas e, na curta narração, uma história carregada de sentimentos complexos.
O livro é pequeno, menos de 100 páginas. Narrado em primeira pessoa e traz várias digressões sobre o amor das pessoas com os livros, amor que pode levar à loucura.
A casa de papel, Carlos María Domínguez. São Paulo: Francis, 2006. 98 páginas
Adorei a resenha e anotei a dica. Um livro com enredo bastante instigante. Tá pra mim!
ResponderExcluirBeijos